FUGAS | A minha viagem ao Porto

A viagem ao Porto foi tudo o que tinha imaginado e mais ainda. Desde a reserva do apartamento e da hospitalidade da nossa anfitriã, à localização excelente da casa e às condições meteorológicas, tudo esteve a nosso favor, o que tornou o nosso passeio memorável. Foram três dias à descoberta de uma cidade nova, de mapa sempre à mão e câmara fotográfica pronta a disparar. Trouxemos muitas memórias e a experiência de explorar um lugar diferente, por nossa conta.

| A viagem
Desde o momento inicial do plano da nossa viagem, que o carro estava fora de questão. Queríamos viajar de forma descontraída e despreocupada e o comboio pareceu-nos a solução ideal. Não estava nos nossos planos visitar a cidade de carro, pois iríamos certamente perder mais de metade do que era importante ver. Assim poupámos o carro, o combustível e a preocupação de fazer uma viagem refém do GPS. Tivemos uma viagem tranquila, de três horas, que pareceram 30 minutos. A partida de Santa Apolónia, no Alfa Pendular, às 7h30 da manhã não impediu que estivéssemos cheias de energia e entusiasmo para um fim de semana de amigas, numa cidade nova. Entre planos e ideias, a viagem passou num instante e a chegada a Campanhã foi o início da aventura.


| O Alojamento
Começamos a procura de alojamento em Janeiro, três meses antes da viagem, de modo a garantir que conseguíamos uma casa para a data que pretendíamos e com as condições desejadas. Depois de alguma pesquisa por vários sites e aplicações, singimo-nos ao Airbnb - que desconhecia até então, mas que se tornou num grande aliado na procura de alojamento. Tivemos atenção a vários detalhes, como o preço, a localização e a segurança da rua, o número de quartos e os horários de check in e check out. Filtros aplicados, não demoramos muito a encontrar o apartamento ideal. Com uma localização quase perfeita, o apartamento era suficiente para quatro pessoas e tinha tudo o que precisávamos, a um preço perfeitamente acessível e surpreendente. A etapa que considerávamos mais trabalhosa e dispendiosa, acabou por ser fácil e rápida, e por custar muito pouco - cerca de 27€ por pessoa, por duas noites.

| A Localização
Em termos de localização, acho difícil termos conseguido um apartamento melhor - a não ser que tivéssemos ficado alojadas algures na Rua de Santa Catarina ou nos Aliados, mas nesse caso os preços não seriam tão simpáticos. O nosso modesto apartamento estava localizado a 3 minutos do metro e a cerca de 7 do centro da cidade, o que permitiu que nos deslocássemos quase sempre a pé. Tudo era perto da nossa rua - metro, padaria, supermercado, farmácia, restaurantes e estávamos a um pulo do centro -, o que permitiu que poupássemos algum dinheiro em transportes e tempo nas deslocações.


| As Deslocações
A melhor forma de visitar o Porto, na minha opinião, é a pé. Foram várias as opiniões similares que ouvimos e decidimos explorar a cidade dessa mesma forma. Por isso, na nossa mochila só houve espaço para dois pares de sapatilhas confortáveis e muita vontade de caminhar. No entanto, assim que chegamos à estação de Campanhã e antes de apanharmos o metro para perto do nosso apartamento, decidimos comprar 5 viagens de metro para que pudéssemos aventurar-nos para mais longe, caso se proporcionasse. Aproveitamos para conhecer o metro do Porto, que é diferente do de Lisboa e poupar as pernas, que no final do dia já estavam bastante cansadas de percorrer a cidade a pé.


| O Itinerário 
Por mais planos que se façam, é sempre bom quando passeamos de forma descontraída à procura dos melhores lugares para visitar, fotografar, comer ou simplesmente sentar descontraidamente a olhar a cidade ou a fazer mais planos. Mas também é útil e importante delinear um plano do que se pretende visitar, de forma a não perder tempo e evitar viagens desnecessárias. Tinha esquematizado um plano de viagem, tendo em conta a nossa localização e o tempo que dispúnhamos para visitar a cidade, com a contabilização do tempo que demorávamos a chegar a cada ponto, fosse a pé ou de transportes. Uma vez que era o fim de semana da Páscoa, com a sexta-feira Santa, o risco de encontrarmos muitos espaços fechados era grande. Por isso, foi importante ter estes aspectos em consideração na hora de planear o nosso roteiro. Foi útil saber quais os museus, monumentos e outras atracções que se encontravam encerrados no feriado e no Domingo de Páscoa e assim, estabelecer um roteiro mais organizado e eficaz, evitando surpresas desagradáveis.

Guardo para a próxima publicação a descrição detalhada dos três dias no Porto, com muitas fotografias e memórias desta viagem. 


FUGAS | A chegada ao Porto

Acabada de chegar ao Porto, com imensa vontade de explorar a cidade! Alguma recomendação de lugares a não perder? Tenho um itinerário planeado, no entanto é sempre bom conhecer recantos menos turísticos e igualmente marcantes.

Agradeço que não utilizem a fotografia sem autorização prévia. 

PERSONAL | Coisas que me deixam feliz

Sol. Ar puro. Passear. A minha família. O meu cão. Natureza. Ouvir a chuva. Escrever. Chocolate. Livros. Fotografar. Sorrir. Viver onde vivo. Andar de comboio. Flores. Donuts. Cozinhar. Cinema. Cheiro a café. Os quadros do meu pai. Dar festas a cães. A comida da minha avó. Acampar. Música. Rabiscar. Canetas de cor. A Serra de Sintra. Velas. Piqueniques. Canela. Os abraços da minha mãe. Pequenos-almoços. Pores-do-sol. Silêncio. Pés na areia. Feiras populares. O meu blogue.

Tenho frequentemente acesso a coisas que me deixam feliz, mas temo nem sempre reconhecer a sorte que tenho em poder usufruir delas de forma tão livre. Acho que estamos tão emaranhados nas nossas vidas, na nossa rotina rígida, sempre de passo apressado para cumprir horários, que tomamos muitas destas coisas como garantidas e esquecêmo-nos de parar uns segundos para apreciar o que nos rodeia, enquanto o temos e podemos. Com alguma frequência gosto de tirar uns minutos - ou acrescentar, dependendo da perspectiva -, e fazer esse exercício mental. Penso muitas vezes nas coisas simples que me fazem feliz e tento tirar o melhor proveito delas, tal como o faço com as pessoas que me são importantes. Durante o tempo em que estou com as minhas pessoas, faço os possíveis para estar presente e disponível a 100%, livre de distracções e tirando o melhor partido da sua companhia.

QUOTIDIANO | Sábado é dia de...

Os meus sábados de manhã começam com o pequeno-almoço no sofá e a Vida Selvagem na TV. Tomei o gosto por documentários muito cedo, lembro-me. Desde a II Guerra Mundial, à Segurança nos Aeroportos, passando pelos Mistérios do Espaço, interesso-me por uma grande diversidade de conteúdos e procuro saber mais sobre o que desconheço e o que me inquieta. Mas desde sempre que a Vida Selvagem teve lugar de destaque nas manhãs de fim-de-semana. Gosto do relato calmo e da voz envolvente que acompanha os cenários extraordinários, onde habitam espécies variadíssimas e acho incrível o vasto mundo que nos circunda, rico em vida e diversidade. Fico deslumbrada com espécies que desconhecia por completo e com hábitos e características de muitas outras, que não imaginava. É uma rotina que me acalma e me deixa inspirada, de certa forma. Acho que é fantástico o tanto que já descobrimos e o muito que ainda desconhecemos.