CINEMA || OSCARS 2017


Pela segunda vez assisti à gala de entrega de prémios mais aguardada do ano, os Oscars. Não perdi pitada e não sendo nenhuma erudita em matéria de espectáculo, muito menos de cinema, tinha alguns palpites que acabaram por ser certeiros. Observei cada detalhe com o intuito de vos transmitir a minha opinião mais sincera sobre o que vi.


Justin Timberlake foi o primeiro a pisar o palco ao som do seu Can't Stop the Feeling no número musical de abertura. Animou e não desiludiu. No entanto esperava mais deste início de gala, mais música, mais artistas. E confesso que desejava um meddley referente a La La Land, mas esse ficou reservado para mais tarde, com John Legend ao piano, misturando City of Stars e The Fools Who Dream, nomeadas na categoria de Melhor Canção Original. 

A gala teve os seus momentos de humor, não fosse Jimmy Kimmel a apresentar. Piadas subtis, mas que atingiram os pontos certos - a picardia habitual com Matt Damon, os tweets a Donald Trump e a chuva de guloseimas na sala de espectáculos. E o momento em que um grupo de turistas, de uma excursão a LA é conduzido de surpresa à sala de espectáculos onde decorre a cerimónia? As reacções foram caricatas, smartphones em punho para captar cada rosto conhecido e até houve lugar a um casamento improvisado, com Denzel Washinton a fazer as honras da 'cerimónia'.

Gostei especialmente dos momentos de homenagem a actores e filmes de outrora, numa forma de unir gerações e trazer de volta memórias e rostos. Para não falar do momento In Memorian, que lembrou as figuras do cinema que desapareceram em 2016.

No que diz respeito aos discursos, não houve tantas referências políticas quanto esperava. (Felizmente!!). Ultimamente tem sido um massacre de discursos anti-Trump e acho que assim a mensagem não tem a mesma força e acaba por perder-se. Achei a maioria dos discursos um pouco insípidos, até, sem grande força e expressividade. Mas pode ter sido apenas impressão minha. 

Mas... Viola Davis. É possível discursar sem me fazer chorar? O discurso foi inteiramente de agradecimentos, é certo, sem comentários políticos, mas um louvor à profissão de actor e à sétima arte como uma das poucas - senão a única - em que os intervenientes têm o prazer de viver, interpretar e celebrar vidas.


Thank you to the Academy. You know, there's one place that all the people with the greatest potential are gathered. One place and that's the graveyard. People ask me all the time, what kind of stories do you want to tell, Viola? And I say, exhume those bodies. Exhume those stories. The stories of the people who dreamed big and never saw those dreams to fruition. People who fell in love and lost. I became an artist—and thank God I did—because we are the only profession that celebrates what it means to live a life.


Mas é, essencialmente, de prémios que é feita a noite. E os galardoados foram Casey Affleck e Emma Stone nas categorias de Melhor Actor e Melhor Actriz. Mahershala Ali e Viola Davis venceram a estatueta de Melhor Actor e Actriz secundários, respectivamente. Damien Chazelle consagrou-se o mais jovem a ganhar o prémio de Melhor Realizador, com o seu La La Land, que ainda venceu nas categorias de Cinematografia/ Fotografia, Canção Original, Banda Sonora e Direcção de Arte.


O momento plot-twist da noite deu-se na entrega do derradeiro prémio, da categoria de Melhor Filme. La La Land sobe ao palco como vencedor da noite e após festejos e agradecimentos... informam que afinal o vencedor foi Moonlight! Foi um momento caricato, uma troca de envelopes que teve um sabor amargo para La La Land, mas que foi uma tirada de felicidade para o filme de Barry Jenkins, que arrecadou assim o terceiro prémio da noite. 

DESAFIO || 10 factos sobre mim

Nunca antes fiz uma publicação em que enumerava alguns factos sobre mim. Uma vez que fui nomeada pela Carolina e visto que tornei o blogue mais público, achei que seria a altura ideal para o fazer. Entretanto, de passagem pelo blogue do Jota, conheci o seu mais recente projecto - Seven Days of Me, que consiste em responder a questões diárias, durante uma semana, com o objectivo de partilharmos mais sobre nós. Achei a ideia muito interessante e original e apesar de não conseguir comprometer-me a publicar diariamente, não queria deixar de partilhar convosco um pouco mais a meu respeito. 
Assim sendo, decidi enumerar 10 factos sobre mim, num misto entre o desafio da Carolina e o do Jota. Por isso, se quiserem descobrir algumas curiosidades sobre esta que vos escreve, basta continuarem a ler.

1. Gosto de acordar cedo
E esta, hein? Não digo que acorde num pulo, saia da cama de sorriso gigante e com energia para dar dez voltas ao quarteirão, não. Mas não gosto de desperdiçar tempo, mais do que o suficiente, na cama. Há dias em que sabe bem ficar na preguiça mais uns minutos, mas não mais do que isso. Gosto que o meu dia seja bem aproveitado.

2. Gosto de cortar o meu cabelo
Antes, sempre que queria cortar as pontas, deixava essa tarefa para a minha mãe, em vez de ir ao cabeleireiro. Há uns tempos comecei a adquirir eu esse hábito. Não é que faça cortes elaborados, mas sempre que me apetece cortar no comprimento, sou eu a pegar na tesoura. O facto de ter o cabelo cortado por igual facilita a tarefa. No entanto, volta e meia, corto mais do que os 'dois dedos' habituais e gosto da sensação.  

3. Não costumo arriscar
Desde sempre fui tímida, introvertida, pouco espontânea e nada descontraída. Daí não gostar de sair da minha zona de conforto. Tenho mil receios de falhar e de cair no ridículo, que é típico na ansiedade. Apesar de saber disto, tento desafiar-me e mudar um pouco desta minha característica sempre que posso. Muitas vezes quando quero dizer não, digo sim e quando acho que não consigo, tento.  

4. Não acordo mal disposta
Não faço parte do grupo de pessoas que tem mau acordar, pelo contrário. Até acho que sou capaz de esboçar um belo sorriso nos primeiros minutos. Um sorriso de olhos fechados, sim, mas um sorriso. Depois de desligar o despertador e ter os pés fora da cama podem falar comigo à vontade. Sou pacifica e não mordo. 

5. Gosto do silêncio
Não me incomoda a ausência de palavras, de ruído. Não me sinto desconfortável com o silêncio. Pelo contrário. Gosto da tranquilidade que transmite e, depois de um dia atarefado de estudo ou trabalho, gosto de ter uns minutos para mim, só comigo e com o meu silêncio. 

6. Não gosto de Sushi (!)
Serei a única? São raras as pessoas que conheço que não ficam a salivar por um prato repleto de sushi. Confesso que não aprecio esta iguaria Japonesa, ou qualquer outra. 

7. Sou uma consumidora ávida de séries
Já vi de tudo um pouco - comédia, terror, drama, policial, politico, histórico, romance, etc. Tenho um gosto bastante variado e sem género favorito. 

8. Já ponderei fazer carreira militar
Esta será sempre uma hipótese a considerar, à qual não digo "não" com todas as certezas. O 'bichinho' da vida militar foi sendo alimentado pelo meu pai e tem crescido nos últimos anos. Será sempre uma opção em aberto.

9. Tenho uma colecção de pacotes de açúcar
Pacotes de todas as marcas e formatos, portugueses ou estrangeiros. Todos eram bem-vindos para fazer crescer a minha colecção, que organizava com muito cuidado em dossiers, desde os 13 anos. Hoje tenho menos tempo para organizar a colecção, mas quem me conhece não abre um pacote de açúcar sem antes perguntar "já tens este?".

10. Até ao Ensino Secundário queria ser Jornalista
O gosto surgiu cedo. A escrita e a investigação sempre me suscitaram o interesse, gostava de retratar factos que observava e descobertas que fazia. No terceiro ciclo participei no jornal da escola e foi um orgulho. Cheguei a fazer reportagens, algumas em video e entretinha-me a compor o meu próprio jornal dentro e fora de casa. A passagem para o secundário trouxe o interesse pelas ciências, deixando de lado o jornalismo.


OSCARS WEEK | A não perder


A poucos dias dos Óscares foram poucos os filmes nomeados que tive oportunidade de ver. Dou claramente destaque a La La Land (2016), que me deixou arrebatada e ainda hoje sorrio ao som da banda sonora. No entanto são muitas as histórias que ainda desconheço e estes são alguns dos filmes que não quero perder. Alguma sugestão em particular? Recomendam algum filme que não esteja mencionado?

Particularidades || Dia do Animal de Estimação

Desde que me lembro que em minha casa sempre houve animais - peixes, porquinhos da índia, periquitos ou canários e... cães. Com o tempo foram sendo cada vez menos e neste momento temos apenas um colorido e 'falador' Rosicoli e um enérgico Beagle, que vale por todos! 

Os cães sempre foram a nossa companhia preferida. Desde os tempos em que gatinhava que os meus pais recordam as minhas aventuras e traquinices com o Miura, um Pastor Alemão preto. Desde puxões de língua, dedos nas orelhas e beliscões, fazia-lhe tudo e o Miura deixava. Ele era cachorro e eu uma criança. Crescemos juntos até que nos deixou, tinha eu 11 anos. O Simão veio depois, um Boxer doce e brincalhão, que foi a nossa companhia por nove felizes anos. Era um fiel guarda e amigo que proporcionou muitos sorrisos e deixou muitas saudades.



O mais recente membro da família é um Beagle de nome Óscar, que já alegra a nossa vida há dois anos e surpreende-nos todos os dias.
É sempre uma nova aprendizagem a chegada de um novo membro de quatro patas. Principalmente quando a raça é diferente. No caso do Miura e do Simão, excepto os móveis roídos e a terra fora dos canteiros durante os primeiros meses, não houve dificuldades na adaptação e depressa aprenderam a obedecer. 
Com o Óscar foi diferente. Quando se tornou nosso, sabíamos muito pouco - ou mesmo nada - sobre o que era ter um Beagle. Com o tempo fomos descobrindo que têm um temperamento muito particular e que não são fáceis de domesticar - das raças mais difíceis, até. Os primeiros tempos foram um verdadeiro desafio à nossa paciência e resiliência, mas os mimos e o carácter fiel conquistaram-nos e superaram qualquer mau comportamento. O Óscar é um cão cheio de energia, que gosta de nos desafiar e de ser o elemento alfa da casa. Aos poucos tem vindo a acalmar e a perceber o seu lugar, mas é uma aprendizagem que ainda está a fazer. No entanto é um doce, muito leal e de hábitos fáceis. Pede mimos e adora o aconchego do cobertor nas noites frias.

Sou e serei sempre uma pessoa de animais, mas em especial de cães. Estes amigos de quatro patas terão sempre lugar na minha casa, desde que a minha vida o permita. Ser responsável por um animal é um assunto sério. Requer disponibilidade a diversos níveis, dedicação e amor para dar. E não deve ser uma escolha feita por capricho ou para ceder a modas.
Hoje, dia do animal de estimação, celebrem os vossos animais, mimem-nos ainda mais e valorizem a sua companhia.

Fotografia da minha autoria. Agradeço que não a utilizem sem autorização.

Primavera a espreitar


E este sol? É um privilégio para mim viver num país onde, no meio de um Inverno - não muito rigoroso -, somos presenteados com dias plenos de sol a fazer lembrar o auge da Primavera. São dias como o de hoje, em que posso finalmente sair à rua com roupa mais leve e dar um alegrete de vitamina D à minha pele copo-de-leite, que me fazem sentir revigorada. São um boost de energia! A disposição com que encaramos o dia é outra. E o facto de ser sexta-feira é a cereja no topo do bolo. 

5 COISAS QUE APRENDI AO ESTAGIAR NUM HOSPITAL


Se havia experiência que me entusiasmava e pela qual esperei durante todo o curso, essa experiência era o Estágio Curricular - A fase do curso em que ia, finalmente, colocar em prática o que tinha estudado e aprendido durante as aulas. Desde o primeiro ano sentia a necessidade desse contacto com a realidade e foi finalmente conseguido durante o estágio. O local onde estagiei foi-me sugerido e aceitei de imediato. Fiquei entusiasmada por ir para um grande hospital, mas ao mesmo tempo aterrorizada. Não tinha a mínima noção do que era a vida profissional, muito menos em contexto hospitalar, onde as coisas podem ser imprevisíveis. Depois de 9 meses, foi a experiência mais enriquecedora que tive até hoje e que me permitiu crescer pessoal e profissionalmente. 
Foram várias as aprendizagens que fiz ao longo dos nove meses de estágio, das quais destaco cinco:

1. A nossa ansiedade é só nossa:
Aprendi, da pior forma, que aquilo que nos aflige não tem, necessariamente, de afligir os outros. Podemos (e devemos) partilhar os nossos receios e preocupações, mas não devemos nunca querer que os outros passem pelo mesmo. Não devemos sujeitar ninguém às nossas amarguras porque não queremos ser os únicos a passá-las. 

2. Somos mais fortes do que pensamos:
Durante estes 9 meses percebi que sou mais forte do que pensava. Houve momentos, no início do estágio, em que duvidei de mim, das minhas capacidades, em que me senti bem pequenina e inútil. A ansiedade era uma constante e chegava ao hospital com vontade de voltar para casa. Quis desistir, e mudar de local. Pensei nisso várias vezes, mas felizmente não deixei que a ideia se enraizasse. Desistir iria piorar a situação e fazer com que me sentisse mais inútil por não ser capaz de cumprir com os meus objectivos. A situação era quase insuportável, mas sabia que teria um fim, em pouco tempo. Por isso aguentei e esperei e fiz o meu trabalho e aprendi a lidar com situações semelhantes e tornei-me mais forte. Pensava todos os dias que eram só mais dois meses, só mais um mês, só mais uma semana, três dias, amanhã. Até que foi. O motivo da minha ansiedade dissipou-se e pude respirar novamente. Desde então, os meses seguintes correram muito melhor e aprendi mais do que nunca. Se tivesse desistido, não teria aprendido e crescido como cresci. 

3. Chin up, smile on
Por muito que o nosso dia esteja a ser difícil, ou que não tenhamos dormido mais do que um par de horas na noite anterior, é importante que deixemos essas inquietações em stand-by durante o tempo de consulta. A pessoa que está à nossa frente é alguém que precisa de ser ouvida e compreendida e a nossa energia e atenção deve ser canalizada para o problema que nos apresenta. De outra forma, estaremos a ouvi-la e a tentar compreendê-la à luz da nossa realidade e não da dela. 


4. Podemos sempre fazer mais
Antes de estagiar no hospital tinha pouca noção (ou nenhuma) de como se processavam as coisas até à entrada do paciente/ utente no gabinete. A verdade é que há muito a fazer, caso queiram  rigor e as coisas bem feitas. A falta de recursos é, muitas vezes, um entrave à boa qualidade do serviço, é certo. Mas se estivermos dispostos a sacrificar um pouco que seja do nosso conforto em detrimento do bom atendimento aos utentes, as coisas tornam-se menos difíceis. 


5. Avisar em caso de falta (por favor!):
Não apenas por fazer parte das regras da boa educação, mas porque ajuda (e muito) a organização da agenda diária de consultas, é sempre bom quando recebemos a indicação de uma falta, com antecedência. Seja qual for o motivo de falta de comparência à consulta marcada, não deixem de avisar. Pode parecer que não fará diferença, mas a verdade é que se todas as faltas fossem informadas, seria possível ver pacientes em lista de espera e agendar consultas em internamento. 

Estas foram algumas das muitas lições e aprendizagens que a experiência de estagiar num hospital me proporcionou. Brevemente partilharei, com mais detalhe, os pormenores do meu estágio. 

SABORES || La Argentina Doces Artesanais


Como é que não vim cá mais cedo? - é a pergunta que me faço hoje, de barriga cheia.
A vantagem de conhecer espaços de fabrico próprio, familiares e que primam pela tradição é ter a certeza de que os produtos são de qualidade e que o sabor não se perdeu na confecção.

A La Argentina é uma Pastelaria muito especial que se dedica à confecção de doces e salgados artesanais. É um espaço pequeno, mas muito acolhedor e de ambiente familiar, situado em São Bento, Lisboa. Fica no rés-do-chão de um prédio típico de Lisboa, localizado estrategicamente a poucos metros de uma faculdade e de alguns escritórios. As iguarias são variadas e de perder a cabeça e o preço é justíssimo. O difícil é mesmo conseguir resistir a provar mais do que uma coisa. Acreditem. 


Com toda a certeza digo que foi lá que provei o melhor brigadeiro. Doce, cremoso e generoso no tamanho! Os doces à disposição são divinais - o brownie, o crumble de maçã e canela, o bolo brigadeiro e de doce de leite, o cheesecake ou o tão cobiçado Red Velvet. Claro está que o destaque vai para os Alfajores artesanais - um doce típico argentino, recheado com doce de leite e com um toque de côco. Quem entra na Pastelaria La Argentina não pode sair sem experimentar um destes! Caso o vosso gosto recaia mais sobre os salgados, não desanimem porque irão certamente gostar das empanadas de carne, dos scones de queijo e das empadas brasileiras.

Deixei-vos de água na boca? Agora que experimentei, não percebo porque demorei tanto tempo a visitar este espaço. É o local ideal para um doce e um café a caminho do trabalho, ou um salgado na saída da faculdade. As iguarias expostas são variadas, mas caso pretendam algum doce ou salgado que não se encontre disponível no momento, podem sempre encomendar!

PEQUENOS PRAZERES | O meu domingo



Os domingos cá por casa são para dormir mais uma hora, almoçar em família, passear, aproveitar o bom tempo e renovar energias para uma nova semana. 
Habitualmente percorremos o paredão, caminhamos pela praia e desfrutamos de um café com vista para o mar, exploramos mais um recanto de Sintra, ou rumamos num passeio cultural a um museu ou exposição em Lisboa. 
Mas um domingo cinzento e chuvoso, como o de hoje, convida a serão no sofá, uma manta e aquela série ou filme que andamos a adiar ver por falta de tempo. 

AMOR | Dia de São Valentim


Sempre que entramos no mês de Fevereiro e à medida que o dia 14 se vai aproximando, é impossível não ficar com uma pontinha de nostalgia do Dia de São Valentim, celebrado na Escola Primária. Era tão bom, não era? "Bons velhos tempos" parece-me a expressão ideal a utilizar.

Lembro-me que no início do mês as actividades incidiam, essencialmente, na preparação de decorações no atelier de Artes Plásticas. Esse era o nosso local predilecto para esta altura do ano. Ao mesmo tempo que nos ocupávamos a recortar corações cor-de-rosa, tínhamos de pensar a quem íamos entregar o nosso postal especial e quem íamos escolher para ser o nosso Valentim. Era um dos nossos meses de eleição e quando chegava o dia tão aguardado, era difícil conter o entusiasmo por todo o mistério que fazíamos em torno do destinatário do nosso postal. As cartas eram depositadas numa tombola cuidadosamente decorada e no dia 14 eram lidas, deixando por revelar o remetente. A origem dos postais era, muitas vezes, deixada em segredo - mesmo depois de vários dias passados -, o que permitia aos mais tímidos - como eu - deixar uma mensagem ou um simples desenho em segredo.
Recordo com um enorme sorriso esta fase da minha infância em que tudo era colorido, mágico e era tão simples criar laços de amizade, como dar a mão. 

FUGAS || Sintra

Se há lugar, em Portugal, que me faz sentir transportada para um conto de fadas, esse lugar é Sintra. É uma vila com história, repleta de mistério e magia, onde a natureza é a figura em destaque. É um dos meus destinos de eleição ao fim-de-semana, sempre que o tempo está mais cinzento. Sintra encanta seja qual for o clima, no entanto, acho que os Invernos cinzentos combinam com a atmosfera misteriosa da vila e da Serra. Nos dias em que o tempo não convida a passeios a pé, é dentro do carro que percorremos a Serra. Entre curvas e contra curvas apertadas e o cheiro a eucalipto, deixamo-nos deslumbrar pelas paisagens únicas e pelo romantismo dos parques e monumentos. 

- Fotografia da minha autoria. Agradeço que não a utilizem sem autorização

FUI AO CINEMA VER LA LA LAND


Escrito e realizado por Damien Chazelle, La La Land conta a história de Mia (Emma Stone), uma aspirante a actriz, que trabalha num café nos estúdios Warner Bros. e Sebastian (Ryan Gosling), um músico, amante de Jazz, que se encontra estagnado a tocar músicas de Natal num restaurante. Ambos lutam por concretizar um sonho e encontrar oportunidades, quando se encontram um ao outro. A história tem lugar em Los Angeles e é um Musical sobre os desafios, a alegria e a tristeza de corrermos atrás dos nossos sonhos. 

Por onde começar?
La La Land foi surpreendente! As expectativas em relação ao filme estavam elevadas, no entanto foi possível sair positivamente surpreendida da sala de cinema. O filme é uma explosão de som e cor que nos transporta para a antiga Hollywood. Traz a magia dos anos 40 e 50 de volta, mesmo sendo passado numa Los Angeles moderna. Os cenários, os detalhes cinematográficos, os vestidos esvoaçantes e coloridos, a banda sonora! A música é fabulosa e intoxicante, que faz vibrar a cada nota, tornando impossível  não bater o pé, trautear ou querer dar um passo de dança.  

Mia e Sebastian conhecem-se, cantam, dançam e encantam. E se isto parece simples, não é! O filme é um encontro entre um Musical old-school e o mundo moderno, de deixar os pés fora do chão. Com referências a verdadeiros marcos do cinema, é nostálgico, mágico e inspirador. É uma lufada de ar fresco!

É um romance muito bem escrito, daqueles que surgem sem se dar conta e que cresce até ao momento em que as ambições de ambos se tornam difíceis de conciliar. É fácil sermos embalados por esta dupla que parece tão genuína e resulta tão bem no ecrã. Foram desempenhos de uma qualidade soberba, num registo diferente, mas que lhes assenta tão bem. 


Conhecem a sensação de ver algo tão bom, mas tão bom, que sabem que tão cedo não voltarão a ver nada semelhante?
Pois La La Land deixou-me com este frio na barriga e as pernas a tremer. Sorri, emocionei-me, sorri novamente e continuei a sorrir. No fim quis aplaudir, tal como na maioria dos números musicais que o filme oferece. Saí da sala de cinema inspirada, com vontade de voltar a entrar. É um filme que nos mostra que devemos atrever-nos a sonhar, mas que devemos ser persistentes e acreditar, em prol desse sonho. É um filme sobre oportunidades e cedências, sobre arriscar, mesmo com medo de errar.  

Não sou a maior fã de musicais, mas La La Land deixou-me de queixo caído. Era a forma ideal de conduzir uma história assim, sobre o amor e sobre o que é ter sonhos e ser criativo e que reforça que cada relação tem um lado real e concreto, aquele que vivemos, mas em que também existe uma forma alternativa e algo fantástica de como poderia ter sido, caso as escolhas feitas fossem outras.

You will leave with tears in your eyes and a song in your heart...

RETROSPECTIVA | Janeiro 2017


No primeiro dia de Fevereiro nada melhor do que reflectir sobre o que aconteceu no mês de Janeiro. Não me lembro da última vez que Janeiro foi para mim um mês de mudanças. Sempre foi mais um mês, o primeiro de um novo ano, de facto, mas eram raras as novidades a partilhar. Pois, desta vez olho para os 31 dias de Janeiro de outra forma. Não foi um mês incrível, é certo, mas não foi nada monótono ou igual aos outros. Trouxe com ele algumas mudanças e novidades.

Estágio Profissional aceite - Check!
Depois de esperar mais de 5 meses por uma resposta, fosse ela positiva ou negativa, eis que recebi finalmente a confirmação de que o meu Estágio Profissional se vai realizar na instituição que escolhi! Foi uma espera quase diária, algo frustrante, em que eram raras as noticias sobre o meu pedido e achava sempre que a resposta viria no mês seguinte. Passou quase meio ano, mas finalmente recebi o 'sim' que tanto esperava.

Iniciei a procurei emprego
Como vos disse, nesta publicação, comecei a procurar um emprego no início do ano. Era algo que queria ter feito desde meados do fim do ano, porque a espera por respostas relativamente ao estágio profissional estava a ser demais e precisava de fazer alguma coisa. Nunca antes o tinha feito desta forma, a não ser participar em projectos de voluntariado ou de ocupação jovem, no Verão. Foi um desafio novo, e apesar de ser apenas ser um Part-Time temporário, enquanto não começo o estágio, será o início de uma nova etapa da minha vida profissional.

Fui à primeira entrevista de emprego
Também já tinha partilhado convosco esta novidade. Duas semanas após ter começado a enviar currículos e contactado com empresas, recebi o primeiro telefonema e a primeira entrevista foi marcada. Tinha o coração aos pulos, confesso. Eram muitas as dúvidas e a minha ansiedade fez-me imaginar mil cenários possíveis. Mas no fim de contas, mantive a calma e confiei que seria capaz. E fui. 

Reactivei o blogue
É verdade. Estava na altura de o fazer. Não planeei que fosse exactamente um ano depois da última publicação, mas foi a altura em que finalmente me senti disponível para dedicar o meu tempo ao blogue. É o meu projecto mais longo e aquele de que mais me orgulho até hoje, e por isso merece o meu tempo e dedicação. Com novas ideias para implementar e a inspiração a surgir, Janeiro ficou marcado por este regresso às publicações. 

Marquei a minha viagem ao Porto
Há muito que quero que as viagens com amigos se tornem mais frequentes. O ano passado, eu e quatro amigas rumamos, pela primeira vez juntas, à Figueira da Foz para um festival e ainda chegamos a ir a Tomar uns meses depois. Desta vez o Porto foi o destino escolhido. Já era uma ideia nossa há muuuito tempo, mas ainda não se tinha proporcionado. Foi desta! Escolhemos um fim-de-semana prolongado e tratamos logo de encontrar casa. E está feito! Temos a nossa estadia marcada para três dias para conhecer a cidade Invicta!

Em suma, foi um Janeiro positivo, com boas novidades e mudanças Haverá maneira melhor de começar o ano?