Depois do fim do semestre, o que mais queria (e precisava) era descansar e aproveitar o tempo livre, mas para isso ainda vou ter de esperar, pelo menos, mais umas semanas. A semana passada comecei a trabalhar. É um trabalho que me ocupará, no máximo, dois meses, por isso terei tempo para gozar as merecidas férias de Verão. Estou a trabalhar num Centro de Dia, pelo terceiro ano consecutivo, e estou a gostar bastante. Fazemos de tudo um pouco: acompanhamento dos idosos, aulas de informática, organização de passeios e excursões e trabalho administrativo. Tenho um horário das 9h às 18h, mas apesar disso não é um trabalho muito cansativo. Faz-se bem e é bom porque posso estar ocupada durante um tempo e ganhar algum dinheiro. Apesar de estar a trabalhar sinto-me bem mais relaxada do que quando ainda estava em aulas. Precisava mesmo de férias dos estudos. 

Licenciatura



Agora sim posso dizer que estou, oficialmente, licenciada!
A minha última nota foi lançada hoje e concluo assim três anos de estudo. Estou orgulhosa do percurso que fiz e por consegui acabar com a média que queria. Nunca pensei ser capaz, mas não o conseguiria sem tanto esforço e dedicação.
Agora o próximo passo é o mestrado. Só com esta especialização é que me posso inscrever na Ordem dos Psicólogos e, como tal, é isso que farei. Escolhi o mestrado de Neuropsicologia Aplicada. É uma área que me tem cativado e apaixonado bastante ao longo do curso e acabei por me decidir por ela. Sempre gostei de disciplinas como Biologia e Neurociências. Por isso, poder juntá-las à Psicologia é a cereja no topo do bolo. É dos mestrados mais exigentes do curso, em termos de tempo e conteúdos programáticos. É uma área mais médica, em que aprofundamos tudo o que tem a ver com o cérebro e a reabilitação cognitiva. Coisas que me interessam bastante. E, para além de tudo isto, é uma área relativamente nova, que se encontra em crescimento. Conto, por isso, com mais oportunidades futuras de emprego. Espero estar à altura de mais dois anos de estudo árduo e espero gostar tanto quanto me parece. 


Não tivemos a melhor prestação neste mundial. É verdade. Estivemos aquém do esperado por diversas razões. Mas hoje... hoje conseguimos deixar a competição com alguma dignidade. Jogámos como devíamos ter jogado nos dois primeiros jogos. Mostramos garra, força e ambição. É pena que não tenhamos seguido em frente, mas este ano não era para nós. Por mais difíceis as contas para Portugal e com apenas 7% de probabilidade de passarmos, dependendo do nosso resultado e dos outros, continuei sempre a acreditar. Vi o jogo juntamente com cerca de uma centena de pessoas e fiquei orgulhosa da nossa selecção. Fiquei contente pela grande maioria ter acreditado, juntamente comigo, até ao fim e por termos festejado cada golo sempre com a esperança do próximo. Desde sempre e para sempre com a nossa selecção 



Ontem fui ver o filme "A Culpa é das Estrelas" (The Fault in Our Stars). Depois de ler o livro, o que mais queria era completá-lo com o filme e as minhas expectativas eram altas. Foi tal e qual como esperava. Muito fiel ao livro. Muito cru, verdadeiro, cómico e triste ao mesmo tempo. Excelente representação dos actores, fantástica ligação e química. Tal como o livro. Todas as falas e diálogos importantes estavam presentes. Sorria de cada vez que percebia que sabia o que ia ser dito em seguida. 
Deu tanto para rir, como para chorar. E sim, chorei. Não durante o filme todo, mas chegou a uma altura em que já não deu mais para conter as lágrimas. A sensação que tive foi que ninguém saiu indiferente daquela sala de cinema. O filme não deixa ninguém indiferente e ainda bem. Mostra-nos que devemos viver e apreciar os pequenos momentos. Mas acima de tudo mostra-nos que devemos chamar as coisas pelos nomes. Com as devidas doses de positivismo e muito sentido de humor à mistura, mas sem rodeios, encarando sempre a realidade das coisas. É como se levássemos um abanão da realidade. Este filme mostra-nos que a vida não precisa de ser perfeita para sermos felizes. Faz-nos pensar que podemos ser felizes com pouco e podemos fazer do pouco felicidade, nem que seja por tempo limitado. E é isso mesmo. É uma lição de vida.

Os meus pais...


Nunca, mas mesmo nunca, duvidei que tenho uns excelentes pais. E é ao saber como são os pais de alguns amigos meus, que vou tendo ainda mais certeza disso. Os meus pais nunca foram nem extremamente permissivos, nem demasiado autoritários. Foram um meio termo. O meio termo ideal, a meu ver. Nunca me proibiram de fazer grandes coisas. Sempre me alertaram e indicaram qual o melhor caminho, quando ainda não tinha capacidade para o perceber sozinha. E mais tarde, deixaram que fosse eu a tomar as decisões, mas sempre com bons conselhos, para me orientar. Acima de tudo, têm sido sempre uns pais bastante compreensivos e carinhosos. Apoiam-me em tudo, incentivam-me, valorizam as minhas pequenas vitórias e dão-me colo quando acho que falhei. Mas não me deixam baixar a cabeça. São eles que me dão força para continuar, sempre. Os meus pais são a minha vida. 



Ontem tive a minha ultima frequência. Já não via a hora de chegar este dia para poder respirar por uns dias, até saírem as notas. Este ano foi, novamente, de muito trabalho, mas o pior foi este último semestre. Pensei que seria o semestre mais interessante de todos, mas foi precisamente o contrário. A par disso sentia-me desmotivada e mais cansada do que o normal. Contudo, o empenho e o esforço estiveram sempre presentes e espero que tenha valido a pena. Espero agora, ansiosamente, pelas notas.
Ainda me parece mentira chegar a casa e não ter de me dedicar a fazer apontamentos ou trabalhos. Esta tranquilidade parece-me estranha. Tinha tantas saudades de chegar a casa e poder estender-me no sofá, sem fazer absolutamente nada, passar uma tarde a ver séries e filmes ou na esplanada com amigos. Assim será o resto da minha semana. Vou poder descansar, mas só até à próxima semana. Em principio, na segunda-feira vou começar a trabalhar mas, felizmente, é um pequeno trabalho de Verão, que não me ocupará as férias todas. 



É nas alturas que menos posso e tenho mais coisas para fazer, que mais me apetece escrever publicações para o blogue. Ando com imensa vontade de escrever e ver os vossos blogues, mas tento não cair na tentação de o fazer, porque se não, não paro. 
Na próxima Terça-feira tenho a minha ultima avaliação do semestre e, se tudo correr bem, termino a licenciatura! Ainda nem acredito que já estou no fim. Tem sido difícil estudar com este tempo maravilhoso e sabendo que está meio mundo na praia. Mas tenho de ir buscar a motivação ao facto de ser a última frequência, do último semestre, do último ano da licenciatura! A motivação aumenta quando junto o facto de faltar pouquinho para poder aproveitar o sol, o calor e as noites de verão. Está quase, quase, quase. Só mais um pequeno esforço e tudo vai valer a pena.


Na Quinta-feira foi noite de Santos Populares e nada melhor do que fazer uma pausa no estudo e tirar umas horas para descontrair de todo o stress das aulas. Esteve uma noite fantástica, digna das melhores noites de Verão. Foi um serão muito divertido, passado na companhia de grandes amigas. Adoro esta altura do ano, as festas populares, o convívio, a música, a comida. Tudo nesta época me agrada. Que venha o Verão a sério e as férias!


Este fim de semestre está a ser mais complicado do que pensava. Sempre estive habituada ao sistema de avaliação continua e, tive a sorte, de nunca precisar de ir a exames a nenhuma disciplina. Por isso sempre me habituei a ir fazendo as frequências e trabalhos ao longo do ano. Sempre foi muito cansativo e trabalhoso mas, pelo menos, conseguia terminar as aulas mais cedo e fazer tudo a tempo e bem.
Neste último semestre, os regentes do curso lembraram-se de alterar o sistema de avaliação e, por isso, os professores tiveram de condensar as frequências finais em apenas duas semanas, o que faz com que tenhamos muito pouco tempo para estudar para cada uma delas (para não falar de que temos a matéria do semestre inteiro para estudar para apenas uma prova). Com tudo isto, sobra-me ainda menos tempo para vir ao blogue e espreitar as vossas publicações. Preciso de férias...

XV - Capítulo Final


Estou de volta à faculdade. O Pedro foi embora há mais de um mês e as saudades são mais que muitas. Hoje acabo a tarde na biblioteca. Aqui sinto-me mais perto dele, visto que foi aqui que nos conhecemos. Lembro-me das mensagens que trocámos e dos bilhetes que me deixava dentro dos livros. Passo os dedos pelas várias capas que estão na estante e dou conta de um dos primeiros livros que me mostrou. Noto que tem um marcador e, por isso, retiro-o da estante. Quando o abro, não contenho um grande sorriso ao reparar na carta com o meu nome, que tem dentro. Decido levá-la comigo para uma zona mais escondida da biblioteca, sem muitas pessoas. Sento-me no chão, junto a uma das estantes. Passo os dedos pela carta, por onde terão passado os seus. Abro-a e está escrita à mão, como sempre fez. São tantas as memórias...

"Inês,  
se bem te conheço, deves estar no canto mais sossegado da biblioteca a ler a carta. Foi o sitio onde nos vimos pela primeira vez e foi aqui que trocamos muitos olhares, sorrisos e alguns livros. Se pudesse expressar por palavras as saudades que tenho tuas, mil cartas não chegariam para o fazer. Sinto falta do teu rosto, do teu abraço, do teu toque e dos teus beijos. Sinto falta do teu sorriso no meu. Sinto falta de ti.
Esta carta não dita o fim de nada, mas sim o inicio de algo mais forte. Sei que não será fácil, mas, por ti, estou disposto a lutar sempre para que fiquemos juntos. Custa não te ter por perto. Enchias e preenchias os meus dias e agora que estás longe, cada dia custa mais a passar. Não vou esquecer todos os momentos que passamos e todas as memórias que fizemos. E acredito que faremos muitas mais. Vejo-te dentro de um mês. 
Um beijo apaixonado.
Amo-te, Pedro"
FIM

Ficção (Capítulo XV)
Podem acompanhar todos os capítulos no separador "Ficção", aqui

LEITURAS #3: The Fault in Our Stars - John Green



Descrição: "Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita."

Este foi dos livros que mais gostei de ler, até hoje. Foi dos poucos que escolhi ler em inglês, porque queria mesmo ler as descrições e diálogos originais, escritos pelo autor. É um romance dramático, muito realista, nada fantasioso, nem demasiado meloso. É o que tem de ser. Real. Cru. Adorei a escrita inteligente do autor, as descrições, os diálogos interessantes, cómicos, inteligentes e espontâneos das personagens. Adorei todos os aspectos do livro e é, sem dúvida, para reler mais tarde. 

A blend of melancholy, sweet, philosophical, and funny. Green shows us true love…and it is far more romantic than any sunset on the beach.” -New York Times Book Review

Nota: Estou muito satisfeita e ansiosa com o facto de o filme sobre o livro sair já este mês!