Infância. É essa recordação que todos nós procuramos trazer á memória, a recordação cor-de-rosa que outrora nos embaraçou junto da família mas que nos conforta e trás saudade quando relembrada. Desejamos voltar a esse tempo, ao tempo onde tudo era menos complexo, menos confuso, muito mais infantil, mas menos doloroso.
As brincadeiras inocentes, os cochichos entre amigas, o amor puro e doce, sem chatices, ou com a presença delas mas sem grandes dramas. As cartas escritas com a inocente letra de primaria, os segredinhos..
As memorias de um doce passado que se vai tornando cada vez mais inalcançável mas nunca esquecido.

(fotografias de www.maisfutebol.iol.pt)

Portugal não fez um mundial esplendoroso, não marcou golos em todas as partidas, não tínhamos um Villa, nem um Podolski, nem um Tevez, tínhamos um melhor jogador do mundo que não se fez notar, não apenas nesta partida como em todo o mundial, mas que nem por isso ficou no banco uma ou duas vezes. Tivemos um Danny, um Pedro Mendes, um Duda, que… nem sei o que dizer quanto a isso.
Não tínhamos a melhor equipa do mundial, é certo, mas tínhamos ambição, tivemos vontade, tivemos um Eduardo e um Fábio Coentrão incansáveis, não tirando o mérito a outros jogadores igualmente incansáveis, e faltou-nos a bela da sorte e um pouco mais de boa vontade ou um pouco menos de má vontade da parte do árbitro, mas, quanto a árbitros não me pronuncio neste mundial.
Estou certa de que a equipa portuguesa foi superior, pelo menos até á primeira genial substituição, não tirando o mérito á selecção espanhola que para mim é a justa vencedora desta competição.
Jogámos como pudemos, com quase tudo o que tínhamos, e acreditei até ao último dos três minutos de compensação, convicta de que não fui a única… e não serei com certeza.

PORTUGAL SEMPRE!


Por vezes só gostava de ser dona do tempo, de controlar essa que é uma força incontrolável e bastante relativa.
Quantos de nós não já quiseram andar com o tempo para trás para emendar algo mal feito ou fazer algo não feito? Ou quantas vezes não quisemos andar com o tempo para a frente e evitar um confronto mais demorado?
Gostava de comandar o tempo a meu belo sabor, tempo, esse que nos passa por entre os dedos como gestos de generosidade outrora prestados.
É ele que nos controla os passos, que nos obriga a seguir rotinas e nos faz temer por vezes pela sua falta de sensibilidade...
Culpo-o pela saudade que sinto, culpo-o pelos momentos que passo contigo que sempre me parecem poucos, mas culpo-o também pelas horas que passo aguardando pelo teu abraço, que me parecem uma eternidade. Dizem que quando esse tempo é bem aproveitado não há arrependimento possível, mas por mais que o aproveite quando estou contigo, todas essas horas passados juntos me parecerão escassos minutos.

[“Aqueles que gastam mal o seu tempo são os primeiros a queixar-se da sua brevidade”, Jean de La Bruyère]

1º Selo!

YEY! O meu primeiro selo foi-me oferecido pela Sarinhaa.
Obrigada meu amor :)



- O que significa, para ti, amar:

Amar? Amar é viver por alguém, é a vontade de dar e não esperar receber.
É aceitar cada defeito e torná-lo numa excelente qualidade.
É ultrapassar cada mau momento e torná-lo numa recordação inesquecível.
É sorrir para quem amamos mesmo que estejamos a morrer por dentro, mas é também aceitar as criticas e torná-las úteis para fortalecer tal amor.
Amar é a necessidade de dar de transmitir de proclamar para alguém o que há muito não cabe mais dentro de nós. Amar é entregar-se, é confiar incondicionalmente.
Amar.. é amar.

- Oferecer o selo:

PurplePetunias
Lúcia Limão
Joana
Ana Luisa

- Comentar o blog do criador do selo:

Excelente! Passem por lá pois vale a pena :)

21: Verão

Chegou oficialmente o verão e com ele virão todas as coisas a que temos direito e de que nos fomos privando ao longo do ano. Pelo menos é o que espero.
O verão já nos tinha dado uma pequena e quase despercebida amostra da sua essência, mas aguardo agora que venha cheio de força.
Preciso de um verão repleto de sol, escasso em chuva (mas com alguma, que é sempre precisa), um verão quente que nos faça desfrutar dele ao máximo.
Dispenso, com certeza, um verão cisudo e cinzento que me faça lembrar os dias mais solitarios de inverno em que me recolhia ao conforto do lar a contemplar mais um dia monótono.
Que venha a praia, as festas, as noites quentes deitada ao relento, os piqueniques na areia, os dias em que apenas paira uma ligeira brisa de ar fresco.
Que venha o verão, cá o esperamos :)

Desafio

A Neuza propôs-me o desafio de contar seis coisas que, provavelmente, vocês não sabem sobre mim.
Aqui vão:

Descobri a paixão pela escrita á relativamente pouco tempo e por influência de uma grande amiga que me trouxe para estes caminhos. Tanto insistiu que tive de criar um blogue : )
Gosto bastante de fotografia e de fotografar tudo o que de diferente e bonito encontro.
Dancei durante cinco anos e uma das coisas que me arrependo mais é de não ter prosseguido com esta minha pequena paixão.
Sou bastante insegura, o que por vezes me prejudica bastante.
Sou bastante sensível no que diz respeito a pessoas carenciadas, crianças maltratadas…
Sou incapaz de gozar com pessoas com esse tipo de problemas.
Chocam-me bastante esse tipo de questões.
Gostava de ter vivido nos anos 50, 60, 70 e 80. Fascinam-me os estilos de vida, as modas, as musicas, as pessoas…

Desafiar seis blogues:
Sarinha- http://empty-words-sr.blogspot.com/
Ana- http://ananeves-pureza.blogspot.com/
Alexandra- http://alexandradasilva.blogspot.com/
Purple Petunias- http://devaneiosporescrito.blogspot.com/
Catia- http://catiaribeiroo.blogspot.com/
Vanessa- http://vanessaamarques9.blogspot.com/

Parei de pensar e desisti de perceber o porquê.
De todas as tentativas que fiz para chegar a ti, para recuperarmos o que outrora tivemos, nenhuma delas resultou e de nenhuma delas obtive retorno ou sequer uma resposta.
De um instante para o outro tudo mudou, como se jamais nos conhecêssemos, como se três anos não tivessem passado por nós, como se de meras desconhecidas nos tratássemos…
Os dias bem passados, as tardes preenchidas, as noites acordadas, deixaram de ser lembrados e nunca mais tentados. Não por mim. Foi um misto de mudanças, é certo, mas não suficientes para abalar uma amizade dita para sempre, pois então não foi verdadeira.
Da minha parte restarão as lembranças, as boas e as menos boas, e as tentativas de recuperar a razão dessas lembranças. Quanto a ti, nada fizeste para que tal amizade fosse restabelecida, ou pelo menos não esquecida. Contactas-me quando queres e por tua própria vontade, quando a única coisa que pretendes é de alguém que te acompanhe e não de uma amiga. Quanto a isso nada posso fazer se não dizer-te que para tal não sirvo.
O tempo gasto entretanto só serviu para perceber que nem tudo é para sempre e que em relação a nós nunca o será.
Fico ainda com a sensação de que o que fiz não foi o suficiente, mas mais não poderia fazer estando sozinha nesta caminhada… 


“Every night, I watch the sunset and soak up every last ray of its warmth, and send it from my heart to yours.” Pearl Harbor, 2001 ♥


Lembrarei o primeiro dia, o ultimo dia e os outros que se passaram entretanto como sendo um só.
Lembrarei o dia em que chegaste a mim e me roubaste não só um sorriso, como um pedaço de mim que jamais vou reaver. Lembrarei as horas ao telefone, os dias em que me cantavas ao ouvido e as noites deitados na relva das traseiras de tua casa a contemplar a lua e a mais pequena estrela.
Lembrarei os dias em que me escrevias só para quebrar a rotina e em que eu retornava a carta com um toque do mais suave perfume.
Lembrarei o aconchego do teu abraço, o cheiro da tua pele, o bater acelerado do teu coração ao toque da minha mão.
Lembrarei as noites em que esperavas que adormecesse para poderes fechar tu os olhos. (sei, porque não dormia realmente), ficava a ver-te repousar enquanto me aninhava junto a ti.
E lembrarei o dia em que acordei e vi apenas a tua forma, os teus contornos, a tua marca deixada nos lençóis, como que tudo o que restava de nós. Uma marca, que jamais conseguirei apagar e que me recorda vivamente todos esses momentos, que eram poucos mas que enchiam e preenchiam o meu dia.
[…para onde foste?]


"Wherever you are in the world,the moon is never bigger than your thumb." - Dear John, 2010 ♥




Tenho vontade de correr, de fugir para bem longe. De ir para a terra onde os impossíveis mal existem e os possíveis são uma constante. Não pretendo facilidades, quero sim possibilidades.
Nem sempre impera o que queremos, o que desejamos e o que sonhamos, imperam os actos, os gestos de mudança, as palavras de concretização. Impera o poder e o parecer (mas não o ser).
Impera a (má) vontade, o cinismo. Impera a descrença pela verdade e o esquecimento da sinceridade. Impera o desumilde.
Vou, por isso, correr, mudar-me para onde sou vista e para onde me ouvem, para onde não há fome de ganância mas sim a vontade de viver. Vou ser eu a descobridora desse lugar.